domingo, 31 de julho de 2011

Ingá do brejo - Inga vera

Foto: Ana Paula Santana


Foto: Ana Paula Santana

Por Ana Paula Santana

Nome popular: Ingá-do-brejo
Bioma: Mata Atlântica
Família: Leguminosae-Mimosoideae (Mimosaceae)
Nome cientifico: Inga vera
Características: árvore de 5 a 10 metros de altura, com tronco de 20 a 30 cm de diâmetro. Folhas com a superfície inferior de cor mais clara. Seus frutos são vagens cilíndricas, com sementes envolvidas por polpa carnosa. A madeira é suavemente pesada, pouca resistência e de baixa durabilidade.
Onde ocorre: São Paulo até o Rio Grande do Sul.
Utilidade: a madeira é utilizada em confecção de brinquedos, para obras internas e caixotarias.   
Solo: úmido e brejosos
Informações ambientais: árvore semidecídua, isto é, perde parte de suas folhas em certa época do ano. Planta que exige exposição total ao sol e se adapta em ambientes úmidos, característica de planícies aluviais e beiras de rios.
Floração e frutificação: Floresce de agosto a novembro.  Os frutos amadurecem nos meses de dezembro a fevereiro.
Época para a colheita de sementes: no mês de dezembro.
Obtenção de sementes: Colher os frutos da árvore quando iniciarem a queda natural. Posteriormente abrir as vagens para retirar as sementes, o arilo mucilaginoso não deve ser removido.
Produção de mudas: Colocar as sementes para germinar, após a colheita, em canteiros ou embalagens individuais contendo substrato argiloso. Em seguida cobri-los com uma camada de 0,5 cm de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre de 3 a 5 dias e, a germinação é completa.
Também é conhecida como: ingá-de-quatro-quinas, ingazeiro, angá e ingá.  

Pau-jacaré - Piptadenia gonoacantha


Foto: Ana Paula Santana


Foto: Ana Paula Santana

Por Ana Paula Santana

Nome popular: Pau-jacaré

Bioma: Mata Atlântica
Família: Leguminosae-Mimosoideae (Mimosaceae)
Nome cientifico: Piptadenia gonoacantha
Características: árvore de 10 a 20 metros de altura, com tronco de 30 a 40 cm de diâmetro. Os ramos quando jovens possuem asas lenhosas longitudinais. A madeira é moderadamente pesada, dura ao corte, porém mole para trabalhar textura média, moderadamente resistente ao apodrecimento.
Onde ocorre: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul até Santa Catarina.
Utilidade: a madeira serrada presta-se para acabamentos internos, armação de móveis, miolo de portas, painéis, confecções de brinquedos e embalagens. È ótima para lenha e carvão. Como planta de rápido crescimento, é indispensável nos reflorestamentos mistos destinados a recuperação de áreas degradadas.
Solo: Férteis e pobres.
Informações ambientais: Árvore semidecídua, isto é, perde parte de suas folhas em certa época do ano. Exige exposição total ao sol.
Floração e frutificação: floresce a partir do final de outubro, prolongando-se até janeiro. Os frutos amadurecem nos meses de setembro e outubro.
Época para colheita de sementes: geralmente nos meses setembro e outubro.
Obtenção de sementes: colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida levá-los ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. 
Produção de mudas: colocar as sementes para germinar, logo que colhidas e sem nenhum tratamento, em canteiros ou diretamente em embalagens individuais contendo substrato areno-argiloso e, mantidos em ambientes semi-sombeados. A emergência ocorre de 5 a 10 dias e a taxa de germinação é abundante.
Também é conhecida como: jacaré, angico-branco, monjoleiro, icarapé.

Manacá da serra - Tibouchina mutabilis


Foto: Ana Paula Santana




Foto: Ana Paula Santana

Foto: Ana Paula Santana

Por Ana Paula Santana

Nome popular: Manacá da serra
Bioma: Mata Atlântica
Família: Melastomaceae
Nome cientifico: Tibouchina mutabilis
Características: árvore de 7 a 12 metros de altura, com tronco de 20 a 30 cm de diâmetro. Folhas rígidas, de 8 a 10 cm de comprimento por 3 a 4 cm de largura.. Suas flores mudam de cor à medida que envelhecem. A madeira é leve, pouco resistente, textura grossa e baixa durabilidade.
Onde ocorre: Rio de Janeiro até Santa Catarina na floresta pluvial.
Utilidade: a madeira é utilizada para vigas, caibros, postes, esteios e mourões. É ótima para plantios mistos de áreas degradadas.
Paisagismo: A árvore é muito ornamental quando em flor, é utilizada para o paisagismo em geral.
Solo: prefere solos férteis.
Informações ambientais: planta perenifólia, portanto, não perde as suas folhas. É adaptada a ambientes exposto à luz direta, característica da encosta úmida da serra.
Floração e frutificação: floresce durante os meses de novembro a fevereiro. A maturação dos frutos ocorre durante os meses de fevereiro e março.
Época para a colheita de sementes: Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis, que são amplamente disseminadas pelo vento graças à sua fixação à paina. Colheita de sementes em agosto e setembro.
Obtenção de sementes: colher os frutos diretamente da árvore logo que iniciarem a abertura espontânea. Cortar todo o ramo contendo frutos e levar tudo ao sol sobre uma lona plástica, em seguida bater com vara após algumas horas de sol.
Produção de mudas: colocar as sementes para germinar, logo que colhidas, em canteiros sombreado com substrato de pó de xaxim ou material orgânico puro. Regar delicadamente com jato fino para não perder as minúsculas sementes.  
Também é conhecida como: cuipeúna, jacatirão, flor-de-maio, flor-de-quaresma.

Guapuruvu - Schizolobium parayba


Foto: Ana Paula Santana


Foto: Ana Paula Santana


Por Ana Paula Santana

Nome popular: guapuruvu
Bioma: Mata Atlântica
Família: Leguminosae-Caesalpinoideae (Caesalpinaceae)
Nome cientifico: Schizolobium parayba
Características: árvore de grande porte, de 20 a 30 metros de altura, com tronco com 60 a 80 cm de diâmetro. Folhas compostas de 80 a 100 cm de comprimento. A madeira é leve, macia, textura grossa e de 
baixíssima durabilidade sob condições adversas.
Onde ocorre: Bahia até Santa Catarina.
Utilidade: A madeira é utilizada em miolos de painéis e portas, brinquedos, compensados, saltos para calçados e caixotarias. A árvore pode ser empregada em reflorestamentos mistos em áreas degradadas.
Paisagismo: a espécie é muito ornamental quando, entretanto não é recomendada para arborização de lugares muito freqüentados, devido ao risco de acidentes. 
Solo: ocorre preferencialmente em solos úmidos.
Informações ambientais: planta decídua, isto é, perde suas folhas em determina época do ano. Cresce e se desenvolve a pleno sol, característica da mata atlântica. Tem preferência por matas abertas e de capoeiras.
Floração e frutificação: floresce a partir de agosto com a planta inteiramente sem folhas. A maturação dos frutos ocorre nos meses de abril a julho.
Época para a colheita de sementes: geralmente de abril a julho.
Obtenção de sementes: Colher os frutos do chão após a sua queda natural. Em seguida retirar as sementes do seu interior. Sua viabilidade em armazenamento é longa.
Produção de mudas: Escarificar as sementes antes da semeadura, lixando-se um ponto da mesma ou fervendo-as durante 4 a 10 minutos, logo após, deixá-las na água de 1 a 2 dias. Em seguida semeá-las em recipientes individuais contendo substrato argiloso. A emergência ocorre de 5 a 10 dias, e a germinação é elevada.
Também é conhecida como: guapurubu, bacurubu, pataqueira, ficheira e faveira.

Biomas do Brasil


Biomas continentais brasileiros - Amazônia, Cerrado, Caatinga, Costeiros, Mata Atlântica, Pantanal e Campos Sulinos.

Sessenta por cento da bacia amazônica se encontra em território brasileiro, onde o Bioma Amazônia ocupa a totalidade de cinco unidades da federação (Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), grande parte de Rondônia (98,8%), mais da metade de Mato Grosso (54%), além de parte de Maranhão (34%) e Tocantins (9%).
O Bioma Mata Atlântica ocupa inteiramente três estados - Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina - e 98% do Paraná, além de porções de outras 11 unidades da federação.
O Bioma Cerrado ocupa a totalidade do Distrito Federal, mais da metade dos estados de Goiás (97%), Maranhão (65%), Mato Grosso do Sul (61%), Minas Gerais (57%) e Tocantins (91%), além de porções de outros seis estados.
O Bioma Caatinga se estende pela totalidade do estado do Ceará (100%) e mais de metade da Bahia (54%), da Paraíba (92%), de Pernambuco (83%), do Piauí (63%) e do Rio Grande do Norte (95%), quase metade de Alagoas (48%) e Sergipe (49%), além de pequenas porções de Minas Gerais (2%) e do Maranhão (1%).
 O Bioma Pantanal está presente em dois estados: ocupa 25% do Mato Grosso do Sul e 7% do Mato Grosso.
O Bioma Pampa se restringe ao Rio Grande do Sul e ocupa 63% do território do estado.  
A costa brasileira abriga um mosaico de ecossistemas de alta relevância ambiental.
Ao longo do litoral brasileiro podem ser encontrados manguezais, restingas, dunas, praias, ilhas, costões rochosos, baías, brejos, falésias, estuários, recifes de corais e outros ambientes importantes do ponto de vista ecológico, todos apresentando diferentes espécies animais e vegetais e outros. Isso se deve, basicamente, às diferenças climáticas e geológicas da costa brasileira. Além do mais, é na zona costeira que se localizam as maiores presenças residuais de Mata Atlântica. Ali a vegetação possui uma biodiversidade superior no que diz respeito à variedade de espécies vegetais. Também os manguezais, de expressiva ocorrência na zona costeira, cumprem funções essenciais na reprodução biótica da vida marinha. Enfim, os espaços litorâneos possuem riquezas significativas de recursos naturais e ambientais, mas a intensidade de um processo de ocupação desordenado vem colocando em risco todos os ecossistemas presentes na costa litorânea do Brasil.

Fonte: IBAMA

Aroeira mansa - Schinus terebinthifolius


Foto: Ana Paula Santana




Foto: Ana Paula Santana


Foto: Ana Paula Santana

Por Ana Paula Santana
Bioma: Mata Atlântica
Nome popular: aroeira-mansa
Família: Anacardiaceae
Nome cientifico: Schinus terebinthifolius
Características: árvore de 5 a 10 metros de altura, com tronco revestido de casca grossa de 30-60 cm de diâmetro. Folhas compostas imparipinadas fortemente aromáticas, de 3-10 pares de folíolos de 10-15 cm de comprimento por 2-3 cm de largura. Os frutos são de cor vermelha brilhante quando maduras. A madeira é pesada, mole, resistente e de grande durabilidade.
Onde ocorre: de Pernambuco até Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, em várias formações vegetais.
Utilidade: A madeira é utilizada para mourões, esteios, lenha e carvão.
Paisagismo: a árvore é extremamente ornamental, principalmente durante o período que os frutos ficam na planta. Pelo porte pequeno é indicada para arborização de ruas estreitas e sob redes elétricas. Essa espécie pode causar alergias a pessoas sensíveis que entrem em contato direto com suas folhas.
Solo: comum em beira de rios, córregos e em várzeas úmidas, podendo crescer em terrenos pobres e secos.
Informações ambientais: árvore perenifólia, portanto, não perde as suas folhas, Cresce e se desenvolve sob a exposição da luz solar. É amplamente disseminada por pássaros, o que explica sua boa regeneração natural. Ocorre desde a restinga até as florestas pluvial e semidecídua de altitude.
Floração e frutificação: floresce principalmente entre os meses de setembro a janeiro. A sua frutificação ocorre no período de janeiro a julho.
Época para a colheita de sementes: geralmente de janeiro a julho.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando maduros. Podem-se utilizar os frutos como fossem sementes.
Produção de mudas: Colocar as sementes (frutos) para germinação logo que colhidas em canteiros a pleno sol com substrato argiloso. A emergência ocorre em 10-15 dias e a taxa de germinação é superior a 50%. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido.
Também é conhecida como: aroeira-vermelha, aroeira, aroeira-pimenteira, aroiera-da-praia e aroeira-do-brejo.

Embaúba-prateada - Cecropia hololeuca

Foto: Ana Paula Santana

Foto: Ana Paula Santana

Foto: Ana Paula Santana

Foto: Ana Paula Santana




Por Ana Paula Santana

Nome popular: embaúba-prateada
Bioma: Mata atlântica
Família: Cecropiaceae
Nome cientifico: Cecropia hololeuca
Características: árvore de 6 a 12 metros altura, com tronco de 20 a 30 cm de diâmetro. Folhas peltadas de 50 a 60 cm de diâmetro, de consistência rígida e espessa. A madeira é leve (densidade 0,43 g/cm3), macia , e de baixa resistência mecânica e pouca durabilidade.
Onde ocorre: Sul da Bahia, Espírito Santo, Rio de janeiro, Minas Gerais e São Paulo principalmente na floresta pluvial.
Utilidade: a madeira pode ser utilizada para confecção de objetos leves, como fósforos, caixotaria, lápis, brinquedos, tamancos e salto de caçados. Os seus frutos são muito apreciados pela fauna.
Paisagismo: a árvore é extremamente bela em virtude de sua folhagem prateada que sobressai no meio do verde. É amplamente utilizada no paisagismo onde encontra ampla aplicação.
Solo: úmido
Informações ambientais: árvore perenifólia, ou seja, não perde as suas folhas. Ocorre em ambientes expostos ao sol, sendo característica da floresta pluvial em altitudes superiores a 500 m. Sua disseminação é ampla ocorrendo em florestas primárias e secundárias.
Floração e frutificação: floresce em mais de uma época por ano, apesar disso, com maior intensidade em de outubro a janeiro. Seus frutos amadurecem em julho a novembro.
Também é conhecida como: embaúba-preta e embaúba-branca.