sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Hortelã - Mentha sp.



Foto: Enísia Teófila

Nome popular: Hortelã, Hortelã-rasteira
Nome científico: Mentha sp.
Família:Labiatae (Lamiaceae)
Origem: Europa.
Propriedades: espasmolítica (reduz contrações musculares involuntárias), antivomitiva (evita vômitos), carminativa (eliminador de gases intestinais), estomáquica (favorece a digestão), e anti-helmíntica (elimina vermes intestinais), por via oral, bem como anti-séptica (contenção de microrganismos) e anti-prurido (redução da coceira), por via local.
Características: Erva perene, de 30 a 40 cm de altura, com folhas que possuem aroma forte e característico. Tem grande importância medicinal e social, por sua alçao contra microparasitas intestinais, recentemente descoberta. Há muitas espécies de hortelã parecidas, dificultando a escolha da planta certa para fins medicinais, exigindo a obtenção das mudas em locais de confiança.

Desde a mais remota antiguidade, essa e outras plantas são utilizadas como condimento em massas e carnes, bem como para fins medicinais.
Parte usada: Folhas
Usos: A literatura etnofarmacológica registra como suas propriedades as ações: espamolítica, antivomitiva (evita vômitos), carminativa (eliminador de gases intestinais), estomáquica (favorece a digestão), e anti-helmíntica (elimina vermes intestinais), por via oral, bem como anti-séptica (contenção de microrganismos) e anti-prurido (redução da coceira), por via local.
Forma de uso / dosagem indicada: O tratamento contra ameba e giárdia pode ser feito com o pó das folhas em 3 doses diárias por 5 dias consecutivos.

O pó pode ser preparado a partir das folhas que são colhidas e postas a secar a sombra, em ambiente ventilado, ou na estufa do fogão ou no forno quente, porém apagado, até que fiquem bem secas e facilmente trituráveis. Crianças de cinco a treze anos devem tomar ¼ de colher (de café). Adolescentes e adultos podem tomar ½ colher (de café). O tratamento deve ser repetido após 10 dias, devendo-se observar durante e após ele, os cuidados de higiene pessoal e familiar.
Cultivo: No plantio inicial as plantas de desenvolvem bem em solos ricos em húmus e umidade. Pode ser multiplicada através de estaquia.


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Plantas do Projeto da Escola Manjericão - Ocimum basilicum.


Foto: Ana Paula Santana

Foto: Ana Paula Santana

Nome popular: Alfavaca, Alfavacão, Manjericão

Nome científicoOcimum basilicum L.
Família: Labiatae (Lamiaceae)
Origem: Ásia Tropical.
Propriedades: Digestivo, antiespasmódico gástrico (reduz contrações musculares involuntárias), galactógeno (produção de leite), béquico (acalmador da tosse) e anti-reumático.
Características: Subarbusto anual, com forte aroma, de 30 a 50 cm de altura. É muito cultivada em quase todo o Brasil em hortas domésticas para o uso como condimento culinário e medicinal, sendo inclusive comercializada na forma fresca em supermercados. Existem também cultivares de folhas arroxeadas.
Parte usada: Folhas
Seu chá é considerado estimulante digestivo, antiespasmódico gástrico (reduz contrações musculares involuntárias), galactógeno (produção de leite), béquico (acalmador da tosse) e anti-reumático.
Forma de uso / dosagem indicada: É recomendado para problemas digestivos em geral na forma de infusão, preparado adicionando-se água fervente a 1 xícara (de chá) de água fervente em 1 colher (de sobremesa) de folhas e inflorescências picadas, ministrando-se 1 xícara (de chá) do coado antes das principais refeições.
Recomenda-se este mesmo chá adoçado com 1 colher (de sobremesa) de mel para problemas das vias respiratórias (tosses noturnas, gripes, resfriados e bronquites). Em algumas regiões do país é usado para problemas da boca e da gargante na forma de bochechos e gargarejos com o seu chá em decocção, preparado fervendo-se ½ litro de água com 50 gramas de folhas secas ou 100 gramas de folhas frescas.

Fonte: www.cultivando.com.br

Plantas do Projeto da Escola - Novalgina (Achillea millefolium)


Plantas do projeto Compostagem, Reaproveitamento de alimentos e Horta da escola Evilázio de Góes Vieira. Responsáveis Enísia Teófila e Ana Paula Santana.

Foto: Ana Paula Santana


Nome popular: Mil-folhas, Novalgina, Milefólio, Atroveran
Nome científico: Achillea millefolium L.
Família: Compositae (Asteraceae)
Origem: Europa.
Propriedades: Diurética (faz urinar), antiinflamatória, anetiespasmódica (reduz contrações musculares involuntárias), e cicatrizante
Características: Planta herbácea perene, com rizomas, entouceirada, de 30 a 50 cm de altura. É amplamente cultivada em hortas domésticas em quase todo o Brasil. Existem variedades com flores de coloração variada para fins ornamenais. Seu nome científico vem do herói grego Aquiles que utilizou a planta para curar seu rei durante uma de suas batalhas.
Parte usada: Inflorescências (flores).
Usos: Além de ornamental é também utilizada na medicina tradicional, cuja origem remonta à idade média na Europa. É considerada diurética (faz urinar), antiinflamatória, anetiespasmódica (reduz contrações musculares involuntárias), e cicatrizante, sendo empregada internamente contra infecções das vias respiratórias superiores, indisposição, astenia, flatulência, dispepsia, diarréia, febres e como auxiliar no tratamento da gota. É usado externamente contra hemorróidas, contusões, doenças de pele, feridas e dores musculares.

Forma de uso / dosagem indicada: Como estimulante das funções digestivas é recomendado na forma de chá, preparado adicionando-se água fervente a 1 colher (de sobremesa) de suas flores picadas, na dose de 1 xícara (de chá), 2 vezes ao dia. 
Recomenda-se também em uso externo contra prostalite, hemorróidas e fissuras anais, na forma de banho de assento de seu chá frio em exposição mínima de 15 minutos. Contra dores reumáticas, cólicas menstruais e renais, recomenda-se o cataplasma de suas inflorescências em aplicação sobre a área afetada durante 15 minutos, 3 vezes ao dia.

Observação: O suco da planta fresca em contato com a pele pode desenvolver fotosensibilização (sensibilidade à luz).
Cultivo: Pode ser multiplicado por enraizamento de estacas ou por divisão de touceiras.

Fonte: www.cultivando.com.br

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Alecrim - Rosmarinus officinalis


Nome Científico: Rosmarinus officinalis
Nome Popular: Alecrim


Foto: Ana Paula Santana


Foto: Ana Paula Santana
Família: Labiatae
Características Morfológicas: Arbusto de galhos pequenos, fortes e sempre verdes, com folhas normalmente voltadas para o alto. Também possui flores de forma tubular, azuis, sustentadas por longos caules. Chega a medir 2 metros de altura quando adulto.
Origem: Várias regiões do Mediterrâneo.
Ocorrência Natural: Regiões de clima temperado e quente.
No aroma, o alecrim é quase inconfundível. Tem um delicado cheiro de cânfora, que quando seco perde boa parte do perfume. Como é uma planta disponível o ano inteiro, melhor é usá-lo fresco, sobretudo na culinária (leia-se na preparação de cordeiro, de um bouquet garni e também em pratos à base de arroz). 

Afora as aplicações gastronômicas, é considerado também um ótimo tônico para os nervos e anti-séptico. Chamado ainda de alecrim-de-jardim, alecrim-rosmarinho e libanotis, esta planta reproduz-se por sementes, divisão das touceiras e estacas. 

Prefere ambiente com bastante luminosidade (inclusive com boa exposição ao Sol). Vale dizer: suas qualidades aromáticas são mais acentuadas quando o solo é seco e bem drenado. 

A dica: assim que a sua floração intensa tem início, é hora de colhê-lo. Isso se dá a partir do segundo ou terceiro ano de vida. Mas para manter a planta perene, só se pode colher a metade dos ramos com folhas. Esta erva é usada desde a Antiguidade por farmacêuticos. Tanto que ela raramente faltava nos jardins de gregos e romanos, sendo usada não só em cosmética mas também como incenso para purificar o ar. 
Fonte: EPTV Globo - Terra da Gente

Rosa de Pau - Merremia tuberosa

Foto: Josiane Giacomini
Foto: Site: EPTV Globo - Terra da Gente

Nome Científico: Merremia tuberosa
Nome Popular: Rosa de pau
Família: Angiospermae - Convolvulaceae
Características Morfológicas: Trepadeira perene que apresenta raízes tuberosas. Sua ramagem é longa e densa, capaz de revestir áreas extensas. Já as flores, amarelas, apresentam corola expandida em forma de funil. O fruto tem cor de madeira.
Origem: Américas, África e Ásia.
Ocorrência Natural: Regiões tropicais.
Essa trepadeira, em flor, é amarela. Mas os seus nomes populares - flor-de-pau e rosa-de-pau fazem referência aos seus frutos que, quando secos, são cápsulas esféricas rijas, envolvidas pelas sépalas que se tornaram de consistência lenhosa. Em resumo: têm cor e aspecto de madeira. Sua ramagem é bastante vigorosa. Por vezes pode engolir a planta que lhe dá suporte, tornando-se quase uma invasora. Em função disso, é preciso prestar atenção ao seu rumo. É mais apropriada a revestimentos de cercas, pérgolas, caramanchões e muros. Seus frutos, secos, por vezes são utilizados em arranjos florais. Multiplica-se por semeadura. 
Fonte: EPTV Globo - Terra da Gente

Movimentos Násticos – Planta dormideira

Certos tipos de nastismos estão relacionados a alterações relativamente rápidas no turgor de determinadas células. É o caso, por exemplo, das folhas de Mimosa pudica, popularmente conhecida como sensitiva, ou dormideira. Os folíolos dessa planta dobram-se rapidamente quando estimulados por um toque. O dobramento dos folíolos resulta de alterações no turgor das células do pulvino, uma estrutura localizada na base dos folíolos. Quando estimuladas mecanicamente por um toque, as células liberam íons de potássio, o que acarreta diminuição da pressão osmótica, com conseqüente perda de água para as células vizinhas. A reação de dobramento das folhas da dormideira propaga-se rapidamente da região estimulada para as folhas vizinhas, fazendo com que elas também se dobrem.

Dormideira:  Foto: Biologia Soberana

Fonte: Livro: Biologia dos organismos - Volume 2
José Mariano Amabis
Gilberto Rodrigues Martho
Editora Moderna - São Paulo 2010

Fototropismo


O crescimento das plantas é muito influenciado pela luminosidade, fenômenos denominado fototropismo. Caules, por exemplo, tendem a crescer em direção à fonte de luz, apresentando, portanto, fototropismo positivo. Esse crescimento é resultado da ação direta de auxinas sobre o alongamento celular. Assim, a célula desse lado alonga-se mais que as do lado exposto à luz e a planta curva-se em direção à fonte luminosa.

Fonte: Livro: Biologia dos organismos - Volume 2
José Mariano Amabis
Gilberto Rodrigues Martho
Editora Moderna - São Paulo 2010

Crimes contra a Flora


Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente.
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização.
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 1º. Entende-se por Unidades de Conservação as Reservas Biológicas, Reservas Ecológicas, Estações Ecológicas, Parques Nacionais, Estaduais e Municipais. Áreas de Proteção Ambiental, Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais, Áreas de Relevante Interesse Ecológico e Reservas Extrativistas ou outras a serem criadas pelo Poder Público.
§ 2º. A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação será considerada circunstância agravante para a fixação da pena.
§ 3º. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.
Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 43. (VETADO)
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações legais:
Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento.
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.
Art. 47. (VETADO)
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo Único - No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa.
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 51. Comercializar motossera ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença ou registro da autoridade competente:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade competente:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um sexto a um terço se:
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regime climático;
II - o crime é cometido:

a) no período de queda das sementes;
b) no período de formação de vegetações;
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no local da infração;
d) em época de seca ou inundação;
e) durante a noite, em domingo ou feriado. 

Fonte: IBAMA

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Acrocomia aculeata - Macaúba


Foto: Ana Paula Santana

Bioma: Mata Atlântico e Cerrado
Nome popular: macaúba
Família: Palmae (Arecaceae)
Nome cientifico: Acrocomia aculeata
Características: árvore de grande porte, de 10 a 15 metros altura, com tronco de 20 a 30 cm de diâmetro. Folhas em números de 20 a 30 contemporâneas, espinhentas de 4 a 5 metros de comprimento, cacho de 70 a 80 com de comprimento. A madeira é moderadamente pesada, dura e de grande durabilidade.
Onde ocorre: do Pará até São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, principalmente na floresta latifoliada semidecídua.
Utilidade: A madeira é empregada em construções rurais, nas confecções de ripas e calhas para água. O fruto é a parte mais importante da planta, cuja polpa é consumida in natura, ou usada para extração de gorduras comestíveis, sua amêndoa oferece óleo clara com qualidades semelhantes ao de oliveira.
Paisagismo: a palmeira é ornamental e pode ser empregada no paisagismo em geral.
Solo: característica de solos férteis localizados em vales e encostas da floresta mesófila semidecídua. Em certas regiões é considerada padrão de terra boa.
Informações ambientais: árvore perenifólia, portanto, não perde as suas folhas. Cresce e se desenvolve a pleno sol e pioneira. Sua dispersão é maior, porém descontínua, nas formações secundárias e de capoeiras.
Floração e frutificação: floresce quase o ano inteiro, porém com maior diversidade de outubro a janeiro. Os seus frutos amadurecem de setembro a janeiro.
Época para a colheita de sementes: geralmente de setembro a dezembro.
Obtenção de sementes: colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda natural ou recolhê-los do chão. Os frutos obtidos podem ser semeados diretamente, não havendo necessidade de despolpá-los.
Produção de mudas: os frutos devem ser colocados para germinar logo que colhidos em canteiros ou em recipientes individuais contendo substrato arenoso rico em material orgânico e, mantidos em ambiente sombreado, cobri-los levemente com substrato e irrigar duas vezes ao dia.  A emergência ocorre de 3 a 5 meses e, a taxa de germinação é moderada.
Também é conhecida como: coco-de-espinho, coco-baboso, mucaiá e mucajuba. 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O papel do solo no desenvolvimento das plantas

O solo possui características que interferem no desenvolvimento das plantas, que necessitam dele para -se fixar e retirar a água e os nutrientes minerais necessários a sua sobrevivência. A composição e compactação do solo determinam sua textura, a qual interfere nas relações entre o ar, a água, os nutrientes e a temperatura, fatores que influenciam a germinação e o desenvolvimento dos indivíduos. As condições de pH (ou a determinação de alcalinidade e acidez) do solo também constituem outro fator importante. Na realidade, este é um dos fatores que mais influencia o desenvolvimento das plantas, e estas, por sua vez, apresentam necessidades diferenciadas quanto ao solo. Por exemplo, o girassol é uma planta que possui sistema radicular profundo, com raízes sensíveis à compactação do solo e à presença do alumínio, isto é, não se desenvolve bem em solos muito compactos e é pouco exigente em nutrientes. O potássio, o nitrogênio e o fósforo estão entre alguns dos elementos cuja presença limita o desenvolvimento dos girassóis, que se desenvolvem melhor em solos alcalinos, superior a 5,2 em CaCl. Os fatores compactação, umidade, presença de nutrientes minerais e pH como as características do solo que interferem no desenvolvimento das plantas e têm de ser conhecidos antes do início de qualquer cultura.

Fonte: Caderno do 3  ano do ensino médio: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A beleza das florestas


A energia que anima o vôo das aves, o nadar dos peixes, a veloz corrida dos herbívoros, o salto mortífero dos carnívoros, as contrações da mão humana e as pulsações do cérebro repousam na energia solar captada pelas plantas.
O planeta Terra é um organismo formado por um conjunto de elementos que dependem uns dos outros para dar suporte à vida.
Uma parte desse organismo é constituída pelas florestas que exercem influência na purificação do ar, na amenização do clima, na renovação da água e na proteção do solo; além do que, possuem um valor cultural inestimável enquanto fonte de beleza, e grandiosidade para a contemplação, inspiração, recreação e encantamento.
As florestas cobrem aproximadamente 40% da superfície total de todos os continentes, seja no litoral, no interior, em regiões muito quentes ou quase geladas.
Dois terços de todas as espécies de plantas e animais crescem nas florestas tropicais úmidas, principalmente no Brasil. Das árvores se extraem alimentos, medicamentos e matéria-prima para produtos industrializados, sendo que elas constituem o banco genético que comporta uma imensa variedade de espécies vegetais ainda não estudadas e que podem conter o segredo da cura de diversas doenças que assolam a humanidade.

A maior parte das plantas compõe-se de:

- Raiz que as fixa no solo e retira da terra água e sais minerais;
- Caule que as sustenta, conduzindo os alimentos a todas as
partes do vegetal;
- Folha que permite às plantas respirar e transpirar;
- Flor que responde pela reprodução;
- Fruto que guarda e protege as sementes;
- Semente que dá origem a novas plantas.

Qual é o problema?

As florestas estão sendo destruídas em quase todo o mundo. A cada ano quase 2% da vegetação tropical são derrubados para uso agrícola, muitas vezes sem nenhum planejamento.
Essa e outras perdas como o corte de árvores isoladas afetam centenas de milhões de pessoas ao aumentar o risco de enchentes, provocarem a erosão do solo, assorear os cursos de água, causar secas, acentuar a falta de carvão mineral e madeira para construção.
Tudo isso contribui para o êxodo de comunidades inteiras e o conseqüente empobrecimento de suas culturas.
A falta de vegetação é responsável por problemas conhecidos como questões ambientais globais.
Isto quer dizer a ocorrência de situações negativas que, embora aconteça num determinado ponto do planeta, interferem na qualidade de vida de toda
a humanidade. Exemplo disso é o efeito estufa, as ilhas de calor, a desertificação, as inundações e a redução da biodiversidade.

Fonte: Floresta um mundo de relações - Governo do Estado de São Paulo -Secretaria de Estado do Meio Ambiente - Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratégico e Educação Ambiente.
Pesquisa e texto: Maria Julieta Penteado e Sandra N. S. Almeida; Colaboração: José Lélis Nogueira;
Projeto Gráfico: Sonally R. Paulino da Costa Pelizon; Editoração Eletrônica: Pedro Orlando Victor Galletta. São Paulo, 2003

Os cuidados com as violetas

Para as violetas ficarem bonitas e floridas, precisam ser:
  1. Colocadas em um local claro mas onde o sol não incida diretamente;
  2. Regadas todos os dias, mas colocando água no pratinho ou na terra, nunca molhando diretamente as folhas;
  3. Não expor as flores ao vento;
  4. Colocar as flores em locais com umidade no ar;
  5. Adubar uma vez por mês.
A importância da luz para as plantas


Todos os seres vivos precisam de energia para manter seu metabolismo. Os vegetais também utilizam a glicose e o oxigênio para obter a energia necessária à sua sobrevivência e liberam gás carbônico e água.
Os seres humanos como os outros animais, obtêm a glicose pela alimentação. Já os vegetais  são capazes de sintetizar a glicose por meio da fotossíntese.
A fotossíntese e a respiração celular são processos diferentes, que podem acontecer
ao mesmo tempo. A fotossíntese produz a glicose, enquanto a respiração é a obtenção de energia a partir dessa glicose. Deste mo, a planta precisa sintetizar o alimento e transformá-lo em energia.

Por Ana Paula Santana

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Massaranduba- Pouteria ramiflora

Foto:Ana Paula Santana




Por Ana Paula Santana
Nome científico: Pouteria ramiflora
Bioma: Amazônia e Campos Sulinos
Nome popular: massaranduba
Família: Sapotaceae
Características: Planta com altura de 15 a 30 metros, com tronco retilíneo de 40 a 60 cm de diâmetro. Suas folhas são simples, desprovidas de pêlos e de formas e tamanhos variáveis. A madeira é suavemente pesada, dura, textura média e de baixa resistência ao apodrecimento.
Onde ocorre: Centro Sul do país e região Amazônica.
Utilidade: a madeira pode ser empregada para tabuados em geral, acabamentos internos para construção civil, para confecção de brinquedos e caixotarias. Também pode ser utilizada em plantios de áreas degradadas.
Paisagismo: a árvore tem características ornamentais e são indicadas para o paisagismo em geral.
Solo: é indiferente as condições físicas do solo
Informações ambientais: Árvore semidecídua, isto é, perde parte de suas folhas em certa época do ano. Planta que exige exposição total ao sol e se adapta em ambientes áridos, característica das matas semidecídua e de sua transição para o cerrado. Pode ser encontrada principalmente no interior da mata primaria densa.
Floração e frutificação: floresce durante os meses de agosto a outubro. A maturação dos frutos verifica-se nos meses de janeiro e fevereiro.
Época para colheita de sementes: em janeiro e fevereiro.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore logo que iniciarem a queda espontânea. Deixá-los amontoados alguns dias até iniciar a decomposição da polpa e, retirar as sementes através da abertura manual dos frutos em água corrente.
Produção de mudas: Colocar as sementes para germinação, assim que colhidas, em recipientes individuais contendo substrato organo-arenoso. Cobrir as sementes com 0,5 cm de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 20 a 40 dias e a germinação é baixa.
Também é conhecida como: leiteiro-preto, abiu, ibacoixa, grão-de-galo.

Foto: Ana Paula Santana

Jerivá-Syagrus romanzoffiana

Foto: Ana Paula Santana


Foto: Ana Paula Santana


Por Ana Paula Santana
Bioma: Mata Atlântica
Nome popular: Jerivá
Família: Palmae (Arecaceae)
Nome cientifico: Syagrus romanzoffiana
Características: árvore de 10 a 55 m de altura, com tronco variando de 30 a 50 cm de diâmetro. Folhas compostas pinadas de 3 a 4 m de comprimento. Inflorescência em cacho pendente, ramificado, de 80 a 120 cm de comprimento. Seus frutos são globosos, com polpa fibrosa e carnosa de cor amarela. A madeira é moderadamente pesada, dura e muito durável quando em água salgada.
Onde ocorre: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul. Predomina em quase todas as formações vegetais. Existem variações desta espécie dependendo da região de ocorrência.
Utilidade: A madeira é empregada localmente no preparo de estivados sobre solos brejosos, pinguelas e trapiches em água salgada. Os frutos são consumidos procurados por várias espécies de animais, o que a torna recomendável a plantios em agrupamentos mistos de áreas degradadas.
Paisagismo: A espécie é altamente decorativa, sendo indicada para paisagismo e arborização de ruas e avenidas.
Solo: prefere solos úmidos, brejosos ou inundáveis.
Informações ambientais: planta perenifólia, portanto, não perde suas folhas, Cresce e se desenvolve sob total exposição ao sol. Raramente é encontrada na mata natural de encosta atlântica e, descontinua nas matas de altitude. É mais freqüente, entretanto descontinua, na floresta semidecídua da bacia do Paraná.
Floração e frutificação: floresce durante quase o ano inteiro, porém com maior intensidade de setembro a março. Os frutos amadurecem nos meses de fevereiro a agosto.
Época para a colheita de sementes: geralmente de fevereiro a agosto.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no chão. Os frutos obtidos podem ser diretamente utilizados para semeadura, não havendo necessidade de despolpá-los.
Produção de mudas: Colocar os frutos para germinar, logo que colhidos em canteiros sombreados contendo substrato organo-argiloso. Cobrir os frutos com uma camada de 0,5 cm do substrato, irrigar diariamente e cobrir os canteiros com palha. A emergência é lenta podendo demorar de 3 a 5 meses, com  taxa de germinação de 60%.
Também é conhecida como: coqueiro-jerivá, coqueiro, coco-de-cachorro, baba-de-boi

Pau-brasil - Caesalpinia echinata

Foto: Ana Paula Santana

Foto: Ana Paula Santana


Foto: Ana Paula Santana


Foto: Ana Paula Santana

Por Ana Paula Santana
Bioma: Mata Atlântica
Nome popular: Pau-brasil
Família: Leguminosae-Caesalpinoideae (caesalpinaceae)
Nome cientifico: Caesalpinia echinata
Características: árvore espinhenta de 8 a 12 metros de altura, com tronco de 40 a 70 cm de diâmetro. Folhas compostas bipinadas de 10 a 15 cm de comprimento, com 5 a 6 pares de pinas de 8 a 10 cm de comprimento.  A madeira é extremamente pesada, dura, compacta e muito resistente, de textura fina e incorruptível.
Onde ocorre: do Ceará ao Rio de Janeiro na floresta pluvial atlântica, sendo muito freqüente no sul da Bahia.
Utilidade: A madeira atualmente é empregada somente para confecção de arcos de violinos. Seu principal valor residia na produção de um principio colorante denominado de “brasiléina” extraído do lenho e muito usado para tingir tecidos e fabricar tinta para escrever.
Paisagismo: a espécie é ótima para o uso paisagístico, o que já vem sendo feito em todo o país.
Solo: ocorre preferencialmente em terrenos secos e inexiste na cordilheira marítima.
Informações ambientais: planta semidecídua, portanto, perde parte de suas folhas em certa época do ano. Adapta-se a ambientes expostos ao sol ou sombreados. É espécie típica da floresta natural densa, sendo rara nas secundárias.
Floração e frutificação: floresce a partir do final de setembro, prolongando-se até meados de outubro. Os frutos amadurecem de novembro a janeiro.
Época para a colheita de sementes: geralmente em novembro e dezembro.
Obtenção de sementes: Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida levá-los ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Prestar atenção para o inicio da abertura das vagens, uma vez que esse processo dura poucos dias.
Produção de mudas: logo que colhidas, colocar as sementes para germinar diretamente em recipientes individuais contendo substrato argilo-arenoso. Cobri-las levemente com substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre de 8 a 15 dias e apresenta uma taxa de germinação de sementes frescas é superior a 60%. O desenvolvimento da mudas é rápido, ficando pronta para o plantio no campo em 4 a 5 meses.
Também é conhecida como: ibirapitanga, orabutã, brasileto, pau-rosado e pau-de-pernambuco.